Quem se casa vive mais, diz estudo
Pesquisadores concluíram que chegar à meia-idade sem nunca ter se casado pode mais do que dobrar o risco de uma pessoa morrer precocemente
Casais vivem mais do que solteiros: resultados sugerem que
a relação conjugal é cada vez mais importante como forma de apoio
emocional e social.
Casar-se ou simplesmente ter um companheiro ao longo da vida pode
contribuir com a longevidade de uma pessoa, sugere um novo estudo do
Centro Médico da Universidade Duke, nos Estados Unidos. Após analisarem a
relação entre taxa de mortalidade e o estado civil de quase 5.000
americanos, os autores da pesquisa concluíram que adultos solteiros
podem ter mais do que o dobro de chance de morrer precocemente do que
aqueles que vivem com um parceiro durante a meia-idade.
Os resultados da pesquisa, divulgados nesta quinta-feira, estão presentes na edição de janeiro do periódico Annals of Behavioral Medicine.
Os dados utilizados pelos autores foram obtidos a partir do Estudo do
Coração de Ex-alunos da Universidade da Carolina do Norte (UNCAHS, sigla
em inglês), que acompanha os indivíduos nascidos no ano de 1940 e que
estudaram na instituição. Ao todo, os pesquisadores avaliaram 4.802
pessoas.
A equipe estabeleceu uma relação entre estado civil e expectativa de
vida dos participantes. As conclusões mostraram que adultos solteiros
eram menos propensos a chegar à terceira idade do que indivíduos que
viviam com um companheiro, já que corriam um maior risco de morrer
jovens. Em comparação com pessoas que viviam com um parceiro durante a
meia-idade, aquelas que nunca tinham sido casadas apresentaram um risco
2,3 vezes maior de morrer precocemente. Essa chance foi 1,6 maior entre
pessoas solteiras, mas que já tinham sido casadas alguma vez na vida.
"Nossos resultados sugerem que a relação conjugal é cada vez mais
importante como forma de apoio emocional e social, o que parece impactar
a taxa de mortalidade”, concluíram os autores.
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