sexta-feira, 25 de maio de 2012

Apesar de queda, Brasil está longe de atingir meta de mortalidade materna

Hoje, são 68 mortes a cada 100 mil; meta da ONU é 35 mortes a cada 100 mil.
Para ministro da Saúde, é viável atingir compromisso até 2015.


Apesar da queda de 21% dos casos de mortalidade materna no país anunciada pelo governo federal na manhã desta sexta-feira (25), o Brasil está longe de atingir as metas dos objetivos do milênio da Organização das Nações Unidas (ONU).

O minsitro da Saúde, Alexandre Padilha (Foto: Elza Fiúza / Agência Brasil) 
O minsitro da Saúde, Alexandre Padilha (Foto: Elza
Fiúza / Agência Brasil)
O compromisso assumido pelo Brasil prevê redução do número de óbitos de gestantes para 35 a cada 100 mil até 2015. Atualmente, ocorrem 68 mortes a cada 100 mil bebês nascidos vivos.
Ao longo de duas décadas, a mortalidade materna no Brasil caiu pela metade, passando de 141 para 68 casos a cada 100 mil.

Segundo levantamento do governo, foram registrados 1.038 óbitos de janeiro a setembro de 2011. No mesmo período do ano anterior, 1.317 mulheres haviam perdido a vida devido a complicações durante a gravidez ou até 42 dias após o fim da gestação. As principais causas da morte materna são problemas de saúde como hipertensão, desprendimento prematuro da placenta ou doenças preexistentes, como cardíacas, câncer e lúpus.

O país deve fechar o balanço de 2011, indica o ministério, com 63 óbitos a cada 100 mil nascidos vivos.
Redução dos casos em 2011

O Bom Dia Brasil antecipou dados da pesquisa do Ministério da Saúde, que apontam uma redução de 21% no número de óbitos entre 2011 e 2010.
A pesquisa apontou que de 1990 a 2010, o número de mortes diminuiu de 141 para 68 para cada 100 mil nascidos vivos.

Segundo o Ministério da Saúde, a redução é resultado do aumento no número de mulheres que realizam acompanhamento pré-natal. No ano passado, de acordo com o governo, mais de 1,7 milhão de gestantes passaram por, pelo menos, sete consultas durante a gravidez.
"A forte redução na mortalidade materna está ligada à expansão da qualidade do pré-natal. Nossos esforços começam a gerar resultados", disse Padilha.
Desde março de 2011, quando o programa Rede Cegonha foi lançado, teriam sido destinados R$ 2,5 bilhões para medidas de prevenção, como a qualificação das consultas pré-natal e investimentos em maternidades.

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