Apesar de queda, Brasil está longe de atingir meta de mortalidade materna
Hoje, são 68 mortes a cada 100 mil; meta da ONU é 35 mortes a cada 100 mil.
Para ministro da Saúde, é viável atingir compromisso até 2015.
Apesar da queda de 21% dos casos de mortalidade materna
no país anunciada pelo governo federal na manhã desta sexta-feira (25),
o Brasil está longe de atingir as metas dos objetivos do milênio da
Organização das Nações Unidas (ONU).
O Bom Dia Brasil antecipou dados da pesquisa do Ministério da Saúde, que apontam uma redução de 21% no número de óbitos entre 2011 e 2010.
O minsitro da Saúde, Alexandre Padilha (Foto: Elza
Fiúza / Agência Brasil)
Fiúza / Agência Brasil)
O compromisso assumido pelo Brasil prevê redução do número de óbitos de
gestantes para 35 a cada 100 mil até 2015. Atualmente, ocorrem 68
mortes a cada 100 mil bebês nascidos vivos.
Ao longo de duas décadas, a mortalidade materna no Brasil caiu pela metade, passando de 141 para 68 casos a cada 100 mil.
Segundo levantamento do governo, foram registrados 1.038 óbitos de
janeiro a setembro de 2011. No mesmo período do ano anterior, 1.317
mulheres haviam perdido a vida devido a complicações durante a gravidez
ou até 42 dias após o fim da gestação. As principais causas da morte
materna são problemas de saúde como hipertensão, desprendimento
prematuro da placenta ou doenças preexistentes, como cardíacas, câncer e
lúpus.
O país deve fechar o balanço de 2011, indica o ministério, com 63 óbitos a cada 100 mil nascidos vivos.
Redução dos casos em 2011
O Bom Dia Brasil antecipou dados da pesquisa do Ministério da Saúde, que apontam uma redução de 21% no número de óbitos entre 2011 e 2010.
A pesquisa apontou que de 1990 a 2010, o número de mortes diminuiu de 141 para 68 para cada 100 mil nascidos vivos.
Segundo o Ministério da Saúde,
a redução é resultado do aumento no número de mulheres que realizam
acompanhamento pré-natal. No ano passado, de acordo com o governo, mais
de 1,7 milhão de gestantes passaram por, pelo menos, sete consultas
durante a gravidez.
"A forte redução na mortalidade materna está ligada à expansão da
qualidade do pré-natal. Nossos esforços começam a gerar resultados",
disse Padilha.
Desde março de 2011, quando o programa Rede Cegonha foi lançado, teriam
sido destinados R$ 2,5 bilhões para medidas de prevenção, como a
qualificação das consultas pré-natal e investimentos em maternidades.
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