Início: 10/03/2014
No Município de Sobral inicia hoje, 10/03/2014, a vacinação nas Instituições de Ensino tanto particulares como públicas em todos os Bairros. As vacinas são ministradas por profissionais de saúde nas meninas de 11 anos completos a 13 anos 11 meses e 29 dias com essas faixas etárias no mês de Março de 2014. A vacina é composta de 3 doses, sendo a primeira dada na escola, a segunda 30 dias depois da primeira nas unidades de saúde e a terceira dose, cinco anos depois. As meninas que serão vacinadas nas Escolas precisam apresentar o Termo de Consentimento assinado pelos pais ou responsáveis sou o Termo de Recusa se não querem tomar. Esses documentos foram repassados as Escolas pelas Unidades de Saúde. As Escolas, por sua vez, repassam para as meninas para conhecimento de suas famílias. Durante esta semana, a vacina será aplicada nas Escolas em seus períodos de aula. Detalhe importante - se as meninas, desejarem tomar a vacina na Unidade de Saúde e não na Escola, podem fazer sem o Termo de Consentimento ou de Recusa assinado pelos pais ou responsáveis. A Unidade de Saúde qu devem procurar é a de referência da Escola onde estuda.
A meta é vacinar 80% do público-alvo, formado por 5,2
milhões de meninas de 11 a 13 anos, em 2014. O vírus HPV é a principal
causa do câncer do colo de útero.
A presidenta da República, Dilma Rousseff, e o ministro da Saúde,
Arthur Chioro, lançaram a vacinação contra HPV, que será realizada nos
postos de saúde e em escolas públicas e privadas de todo o país. A meta
do Ministério da Saúde é vacinar 80% do público-alvo, formado por 5,2
milhões de meninas de 11 a 13 anos, em 2014.
A presidente Dilma Rousseff
ressaltou a importância da vacinação, lembrando que vírus HPV é a
principal causa do câncer do colo de útero, terceiro tipo mais frequente
entre as mulheres. “Hoje estamos adotando uma medida de saúde pública
para garantir às meninas uma vida saudável. Cada menina tem sua
individualidade, mas é obrigação do Estado proteger todas elas”, afirmou
a presidenta.
ESCOLA - O Ministério da Saúde recomenda que a
primeira dose (de um total de três) seja aplicada nas escolas públicas e
privadas que aderiram à estratégia. A vacina – que passa a integrar o
calendário nacional - também estará disponível nas 36 mil salas de
vacinação da rede pública de saúde durante todo o ano. A segunda será
aplicada com intervalo de seis meses e a terceira, de reforço, cinco
anos após a primeira dose.
As secretarias municipais de Saúde foram orientadas a programar a
vacinação nas escolas a partir desta segunda-feira (10/03/2014). As instituições
de ensino devem informar, com antecedência, aos pais ou responsáveis a
data de vacinação. Tanto no ambiente escolar como nos postos de saúde, a
vacina será aplicada por profissionais de saúde.
Os pais ou responsáveis que não quiserem que a adolescente seja
vacinada deverão preencher e enviar à escola o termo de recusa
distribuído pela instituição de ensino antes da vacinação. No caso das
unidades de saúde, é importante que a adolescente apresente a caderneta
de vacinação. Para assegurar a aplicação das três doses, o serviço de
saúde vai registrar cada adolescente imunizada, monitorar a cobertura
vacinal e realizar, se necessário, a busca ativa das meninas.
ESQUEMA VACINAL - O esquema adotado pelo Ministério
da Saúde é chamado de “estendido” e composto por três doses. Recomendado
pela Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS/OMS) e utilizado em
países como Canadá, México, Colômbia e Suíça, o modelo garante maior
duração da proteção fornecida pela vacina.
Ao iniciar a imunização, seja na escola ou no posto de saúde, a
adolescente receberá orientações sobre a administração da segunda dose,
que ocorrerá na unidade de saúde. Neste ano, serão vacinadas meninas de
11 a 13 anos.
Em 2015, a vacina passa a ser oferecida para as adolescentes de 9 a
11 anos e, em 2016, às meninas que completam nove anos. Com isso, o
Brasil, em apenas dois anos, protegerá a faixa etária (meninas de 9 a 13
anos) que melhor se beneficia da proteção da vacina.
PROTEÇÃO - O Ministério da Saúde adquiriu 15
milhões de doses para o primeiro ano de vacinação. A vacina utilizada é a
quadrivalente, que confere proteção contra quatro subtipos (6, 11, 16 e
18) do HPV, dos quais dois (subtipos 16 e 18) são responsáveis por
cerca de 70% dos casos de câncer de colo do útero em todo mundo.Usada
como estratégia de saúde pública em 51 países, a quadrivalente é
recomendada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e tem eficácia de
98% contra o vírus HPV.
A vacinação é o primeiro de uma série de cuidados que a mulher deve
adotar para a prevenção do HPV e do câncer do colo do útero. Ela não
substitui a realização do exame preventivo e nem o uso do preservativo
nas relações sexuais. O Ministério da Saúde orienta que mulheres na
faixa etária dos 25 aos 64 anos façam o exame preventivo, o Papanicolau,
a cada três anos, após dois exames anuais consecutivos negativos.
O HPV é um vírus transmitido pelo contato direto com pele ou mucosas
infectadas por meio de relações sexuais. Por tratar-se de um vírus que
se transmite com muita facilidade, considera-se que o HPV seja a
infecção sexualmente transmitida mais comum no mundo, com quase todas as
pessoas sexualmente ativas tendo contato com o vírus em algum momento
da sua vida.
Na grande maioria, o HPV cura-se espontaneamente, mas em algumas
mulheres eles produzem lesões que podem desencadear o câncer de colo do
útero. O HPV também pode ser transmitido da mãe para filho no momento do
parto. Estima-se que 270 mil mulheres, no mundo, morrem devido ao
câncer de colo do útero. No Brasil, o Instituto Nacional do Câncer
estima o surgimento de 15 mil novos casos e cerca de 4,8 mil óbitos
nesse ano.
Por Carlos Américo, da Agência Saúde
Informação para a imprensa Ascom