Pesquisadores encontraram 30% a 40% mais doenças vasculares em mulheres do em que homens com mesmo nível de pressão arterial
Médicos sugerem tratamento diferenciado para a pressão alta em homens e mulheres
(Thinkstock)
CONHEÇA A PESQUISA
Título original: Hemodynamic and hormonal patterns of untreated essential hypertension in men and women
Onde foi divulgada: periódico Therapeutic Advances in Cardiovascular Disease
Quem fez: Carlos M. Ferrario, Jewell A. Jessup e Ronald D. Smith
Instituição: Universidade Wake Forest, nos Estados Unidos
Dados de amostragem: 100 homens e mulheres a partir de 53 anos de idade, que apresentavam pressão alta e não eram tratados
Resultado: Os pesquisadores descobriram que, para o mesmo nível de elevação da pressão sanguínea, pacientes do sexo feminino apresentavam 30 a 40% mais doenças vasculares do que os do sexo masculino
"Este é o primeiro estudo a considerar o gênero, dentre os vários
fatores que contribuem para a elevação da pressão sanguínea, como um
elemento a ser levado em conta na seleção de agentes
anti-hipertensivos", diz Carlos Ferrario, professor de cirurgia do
Centro Médico Wake Forest Baptist, nos Estados Unidos, e principal autor
do estudo.Título original: Hemodynamic and hormonal patterns of untreated essential hypertension in men and women
Onde foi divulgada: periódico Therapeutic Advances in Cardiovascular Disease
Quem fez: Carlos M. Ferrario, Jewell A. Jessup e Ronald D. Smith
Instituição: Universidade Wake Forest, nos Estados Unidos
Dados de amostragem: 100 homens e mulheres a partir de 53 anos de idade, que apresentavam pressão alta e não eram tratados
Resultado: Os pesquisadores descobriram que, para o mesmo nível de elevação da pressão sanguínea, pacientes do sexo feminino apresentavam 30 a 40% mais doenças vasculares do que os do sexo masculino
O questionamento que levou a pesquisa a ser realizada partiu da percepção de que, apesar de ter havido uma redução significativa na mortalidade por doenças cardiovasculares em homens nas últimas duas a três décadas, a estatística não se repetiu entre o sexo feminino.
As doenças do coração se tornaram a principal causa de morte entre as mulheres americanas, correspondendo a quase um terço de todos os óbitos. O cenário é semelhante no Brasil: segundo dados de 2012 do Ministério da Saúde, o acidente vascular cerebral (AVC) e o infarto aparecem em primeiro lugar nas causas de mortalidade feminina, representando 34,2% do total. Considerando que pacientes dos dois gêneros recebem o mesmo tipo de tratamento médico, os pesquisadores começaram a suspeitar que algo estaria dando errado para as mulheres.
Pesquisa – Participaram do estudo 100 homens e mulheres a partir de 53 anos de idade, que apresentavam pressão alta, mas não tinham se submetido a nenhum tipo de tratamento. Eles passaram por diversos testes para avaliar, por exemplo, as forças envolvidas na circulação do sangue e as características hormonais dos mecanismos envolvidos no desenvolvimento da hipertensão.
Os pesquisadores descobriram que, para o mesmo nível de elevação da pressão sanguínea, mulheres apresentavam 30 a 40% mais doenças vasculares do que homens. Além disso, diferenças fisiológicas significativas no sistema cardiovascular delas, incluindo os tipos e quantidades de hormônios envolvidos no controle da pressão, contribuíam para a severidade e frequência das doenças cardíacas.
"É necessário entender mais profundamente as características específicas do sexo feminino na hipertensão para otimizar os tratamentos para essa população vulnerável", afirma Ferrario.
Nenhum comentário:
Postar um comentário