Em estudo americano, mulheres puderam optar pelo método contraceptivo que quisessem, como DIU, implantes, pílulas e adesivos
Cartela de pílula anticoncepcional: Método foi um dos oferecidos pelo estudo às participantes
(Thinkstock)
CONHEÇA A PESQUISASegundo os autores do estudo, quase metade das gestações nos Estados Unidos não é planejada — 50% delas ocorrem pelo não uso de algum contraceptivo e os outros 50%, pelo uso errado ou irregular do método. "Gravidez indesejada continua a ser um grave problema de saúde no país, tendo maiores proporções entre as adolescentes e mulheres com menores níveis econômico e de escolaridade", diz Jeff Peipert, coordenador da pesquisa.
Título original: Preventing Unintended Pregnancies by Providing No-Cost Contraception
Onde foi divulgada: periódico Obstetrics & Gynecology
Quem fez: Jeffrey Peipert, Tessa Madden, Jenifer Allsworth e Gina Secura
Instituição: Universidade de Washington em St. Louis, Estados Unidos
Dados de amostragem: 9.526 mulheres de 14 a 45 anos
Resultado: Oferecer métodos contraceptivos gratuitamente a mulheres que não desejam engravidar reduz as taxas de aborto em até 80% em um período de dois anos. A maior diminuição de abortos ocorre entre adolescentes de 15 a 19 anos
O estudo, desenvolvido na Faculdade de Medicina da Universidade de Washington em St. Louis, selecionou 9.256 mulheres de 14 a 45 anos que apresentavam maior risco de ter uma gravidez indesejada — ou seja, não faziam uso de nenhum anticoncepcional, tinham vida sexual ativa e não queriam engravidar.
Redução — Em um período de dois anos, a taxa de aborto entre as participantes oscilou entre 4,4 e 7,5 casos por 1.000 mulheres — uma taxa de 62% a 78% menor em comparação com o número de aborto registrado nos Estados Unidos no mesmo período, que foi de 19,6 procedimentos para cada 1.000 mulheres.
Quando os autores olharam apenas para a taxa de aborto entre as meninas de 15 a 19 anos de idade, eles descobriram que a redução do procedimento foi ainda maior. Entre as participantes do estudo dessa faixa-etária, a incidência de aborto foi de 6,3 para cada 1.000 adolescentes — 82% menor do que a média nacional para esse grupo.
"Os resultados desse estudo demonstram que é possível reduzir a taxa de gravidez indesejada e, consequentemente, de abortos no país. Acreditamos que a melhoria do acesso ao controle de natalidade, particularmente ao DIU e a implantes, e a educação sobre os métodos mais eficazes, têm potencial para que esse objetivo seja alcançado”, diz Peipert.
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